“Na vida só há um modo de ser feliz. Viver para os outros.”

Léon Tolstoi

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Crianças desafiam o perigo trabalhando na produção de estalinhos e fogos de artifício

Em Santo Antônio de Jesus, o bairro do Mutum é conhecido por ser um polo de trabalho infantil em uma área muito perigosa: a fabricação de fogos de artifício.Foi só a câmera do Globo Repórter se aproximar e as meninas que estavam trabalhando na produção de estalinhos, na porta de casa, saíram correndo. É cada vez mais difícil flagrar as crianças trabalhando com explosivos em um município da Bahia - uma atividade que ainda acontece escondida, dentro de dezenas de lares.Em Santo Antônio de Jesus, o bairro do Mutum é conhecido por ser um polo de trabalho infantil em uma área muito perigosa: a fabricação de fogos de artifício. Há 15 anos a cidade foi o cenário de uma tragédia quando uma fábrica clandestina explodiu, matando 64 pessoas. Maria Passos dos Santos, dona de casa: Teve aquele pipoco, todo mundo desesperado e muita gente perdeu a vida. Muitos eu vi nascer e aí eles foram embora nessa tragédia. Mas, nem as mortes, nem o perigo afastaram as crianças da atividade de alto risco. Rose, de 38 anos e com 2 filhos, é uma sobrevivente. Por sorte ou destino, escapou da grande explosão. “Eu escapei porque no momento eu não estava lá. Faltei nesse dia porque eu estava com falta de ar”, conta Rosenita Santos, ex-empregada da fábrica.. Só não conseguiu evitar outra explosão que provocou queimaduras nos braços, nas pernas e na barriga. “Fiquei 30 dias internada, mas passou. Tenho que trabalhar de novo e já trabalhei com fogos de novo”, completa Rosenita Fabricar os estalinhos, ou traques, é uma das poucas opções de trabalho na comunidade. Sem estudo, Rose segue no ofício que começou quando tinha apenas oito anos. E ela não está sozinha. Globo Repórter: Tem muita gente que ainda trabalha com isso aqui? Rose: Todo mundo. O bairro todo. Globo Repórter: o que esta vida te deu? Rose: quem sabe experiência, né? Uma adolescente de 17 anos leva a equipe do programa até a casa onde mora e passa boa parte do dia fazendo os estalinhos. Ela não tem pai. A mãe é faxineira e também trabalha na produção de fogos. As meninas trabalhadoras recebem a matéria-prima em casa que é entregue por um fornecedor. A mistura explosiva, a massa vem em um saquinho plástico. Tem cerca de três quilos e o material é suficiente pra 10 mil estalinhos. Além da massa elas recebem também um pacotinho com os papéis para embrulhar os estalinhos. Eles já vêm no tamanho certinho. É só enrolar e depois entregar a encomenda. Em um saco estão 10 mil estalinhos. É um trabalho repetitivo. Ela chega a enrolar 10 mil traques por semana. Recebe R$ 13 pela produção. Qualquer atrito pode provocar pequenas explosões. A massa usada pra encher os embrulhos tem que estar úmida. Globo Repórter: não pode deixar a massa secar totalmente? Menina: É, senão explode. Um dia antes da chegada da equipe de reportagem, uma operação conjunta da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério do Trabalho apreendeu cerca de uma tonelada de materiais usados na produção de fogos. Não havia nenhum cuidado com a segurança. Nem a mais dramática lição serviu para acabar com o trabalho perigoso em Santo Antônio de Jesus. “Não tem emprego na cidade, nunca teve. Da explosão para cá disseram que ia gerar fábrica de muitas coisas e até hoje não gerou nada, continua o mesmo. Se não tem, vamos trabalhar com traque até onde Deus quiser”, afirma Rose.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Inclusão social: pacientes com autismo recebem ajuda

O apoio dos pais e da família é essencial para quem sofre com o autismo, mas o autista precisa de muito mais para viver com a doença, os pacientes com autismo também precisam do apoio da sociedade. fonte:http://entretenimento.r7.com/hoje-em-dia/videos/inclusao-social-pacientes-com-autismo-recebem-ajuda/idmedia/51f7c2e70cf2c9f75e6e9d40.html