Por Blog Pedagogiando
“Ninguém pode edificar a sua própria identidade independentemente das identificações que os outros fazem dele”.
Habermas (1983, p. 22).
Fonte:Banco de Imagens
O tema Diversidade Escolar parte do princípio de que não é admissível fazer com que sujeitos pertencentes a uma minoria sejam excluídos dos conteúdos e práticas dos currículos escolares.
Para tanto, as escolas, de forma geral, devem aprofundar o debate sobre o tema e buscar práticas compreendendo a questão da diversidade, abranger a construção da identidade, considerando-a como um processo provisório e inacabado e propiciar maior sensibilização quanto ao caráter multicultural da sociedade.
Trata-se de uma ação imprescindível e urgente colocar em prática uma cultura escolar diferente do modelo dominante, com a participação engajada de professores, pais, alunos, gestores e demais sujeitos da sociedade que participam do processo escolar, pois é assim que deve ser uma educação que se diz democrática . Sendo necessário compreender que a diversidade escolar deve ter um significado a mais do que ser simplesmente uma discussão da questão.
Cabe aos participantes desse processo educativo a determinação sobre o rumo que será seguido, uma determinação ideológica, de respeito às diferenças e à diversidade, reconhecendo todos como iguais em dignidade e em direito.
Também se faz necessário o questionamento sobre os mecanismos sociais e políticos que hierarquizam os diferentes sujeitos em superiores e dominadores, e em inferiores e subordinados e a conseqüente reflexão sobre o modo como os educadores colaboram para a formação das identidades dos alunos.
A respeito dessa questão Taylor (1994, p. 58) esclarece que, “a projeção sobre o outro de uma imagem inferior ou humilhante pode deformar e oprimir até o ponto em que essa imagem seja internalizada”. E não “dar um reconhecimento igualitário a alguém pode ser uma forma de opressão”.
É imprescindível que seja considerada a diferença na relação com o outro através da política do reconhecimento da diversidade e da compreensão de multiculturalismo. No entanto, para valorizar a tolerância entre os diferentes temos que reconhecer também o que nos une.
Enfim, viver em democracia é ter tolerância, é ter como parâmetro a necessidade de convívio com a diferença, é saber respeitar a pluralidade e multiplicidade cultural dos indivíduos que nos cercam.
Referências:
HABERMAS, Jurgen. Para a reconstrução do materialismo histórico. São Paulo, Brasiliense, 1983.
TAYLOR, Charles. El multiculturalismo y la politica del reconocimiento. Mexico, Fondo de Cultura Econômica, 1994.
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