“Na vida só há um modo de ser feliz. Viver para os outros.”
Léon Tolstoi
terça-feira, 23 de abril de 2013
O que eu aprendi no Dia Mundial de Conscientização do Autismo
3 de abril de 2013
O dia foi ontem (2 de abril), mas só hoje consegui escrever sobre o assunto. Eu não conhecia muito sobre autismo e ontem recebi tantas informações esclarecedores que fiquei impressionado.
Me lembrei do caso Kaspar Hauser, uma história que virou filme. Embora não seja sobre autismo, o filme conta a história de uma criança que foi criada sem nenhum contato humano e depois de adulto, Kaspar é jogado ao mundo. Ele tem dificuldades de locomoção e não sabe se comunicar. Os primeiros a conseguirem se comunicar com ele são crianças, livres de preconceito. Kaspar sofre em boa parte de filme, mas com aprendizado e atenção, ele se torna um homem culto e respeitável. Na verdade, pra mim, o elemento central do filme é a dificuldade do ser humano (que se juga normal) de lidar ou mesmo de se comunicar com alguém que se comporte de maneira diferente.
Voltando ao autismo, vou compartilhar aqui algumas informações que encontrei. São obras de arte, crianças cantando e um trabalho magnífico feito por pessoas para promoverem qualidade de vida a pessoas com autismos e outras “desordens” neurológicas. Como apreciador de Nietzsche, acredito que a lógica que tanto nos vangloriamos partiu de uma ilógica do homem primitivo. Então, não há um certo ou errado, mas sim, caminhos diferentes, e nesse caso, é a sociedade que tenta nos normatizar criando conceitos de certo e errado, de ordem e desordem.
Por falar em filosofia, existem boatos de que Immanuel Kant, um dos pais da lógica e do pensamento moderno, possuia traços de autismo. Não conheço a fundo as características do autismo, nem conheci pessoalmente Kant para diagnosticá-lo, mas ele viveu toda a sua vida sem sair de sua cidade natal, possuia uma rígida rotina e ao que indica as suas obras, tinha uma forma totalmente diferente de encarar o mundo. A transcendentalidade de Kant colocou fim na guerra que existia entre racionalistas e empiristas.
Vou começar por essa pintura que achei fantástica. ‘O marginal’, é uma pintura da australiana Donna Williams, diagnosticada como psicótica aos dois anos, em 1965. Mais tarde, ela foi diagnosticada também com autismo.
Agora, para descontrair e se emocionar, que tal ouvir uma boa música? Adorei esse vídeo do Instituto Priorit que faz um ótimo trabalho com crianças com autismo. Vale a pena ver e se quiser, cantar junto “Eu gosto de você”.
Nesse dia eu conheci também a história de Carly, uma meninca canadense diagnosticada com autismo severo. Ela desenvolveu a habilidade de se comunicar por meio do computador e hoje além dos seus pais, ajuda outras famílias por meio do Twitter e do Facebook. Isso tudo traz uma luz e explica um pouco mais sobre esse universo ao qual não tínhamos acesso.
Conheci também a história de Temple Grandin, uma veterinária que venceu o autismo, hoje tem pós-doutorado, consegue conversar e até abraçar pessoas.
O que eu aprendi no Dia Mundial de Conscientização do Autismo
3 de abril de 2013 § Deixe um comentário
O dia foi ontem (2 de abril), mas só hoje consegui escrever sobre o assunto. Eu não conhecia muito sobre autismo e ontem recebi tantas informações esclarecedores que fiquei impressionado.
Me lembrei do caso Kaspar Hauser, uma história que virou filme. Embora não seja sobre autismo, o filme conta a história de uma criança que foi criada sem nenhum contato humano e depois de adulto, Kaspar é jogado ao mundo. Ele tem dificuldades de locomoção e não sabe se comunicar. Os primeiros a conseguirem se comunicar com ele são crianças, livres de preconceito. Kaspar sofre em boa parte de filme, mas com aprendizado e atenção, ele se torna um homem culto e respeitável. Na verdade, pra mim, o elemento central do filme é a dificuldade do ser humano (que se juga normal) de lidar ou mesmo de se comunicar com alguém que se comporte de maneira diferente.
Voltando ao autismo, vou compartilhar aqui algumas informações que encontrei. São obras de arte, crianças cantando e um trabalho magnífico feito por pessoas para promoverem qualidade de vida a pessoas com autismos e outras “desordens” neurológicas. Como apreciador de Nietzsche, acredito que a lógica que tanto nos vangloriamos partiu de uma ilógica do homem primitivo. Então, não há um certo ou errado, mas sim, caminhos diferentes, e nesse caso, é a sociedade que tenta nos normatizar criando conceitos de certo e errado, de ordem e desordem.
Por falar em filosofia, existem boatos de que Immanuel Kant, um dos pais da lógica e do pensamento moderno, possuia traços de autismo. Não conheço a fundo as características do autismo, nem conheci pessoalmente Kant para diagnosticá-lo, mas ele viveu toda a sua vida sem sair de sua cidade natal, possuia uma rígida rotina e ao que indica as suas obras, tinha uma forma totalmente diferente de encarar o mundo. A transcendentalidade de Kant colocou fim na guerra que existia entre racionalistas e empiristas.
Vou começar por essa pintura que achei fantástica. ‘O marginal’, é uma pintura da australiana Donna Williams, diagnosticada como psicótica aos dois anos, em 1965. Mais tarde, ela foi diagnosticada também com autismo.
Agora, para descontrair e se emocionar, que tal ouvir uma boa música? Adorei esse vídeo do Instituto Priorit que faz um ótimo trabalho com crianças com autismo. Vale a pena ver e se quiser, cantar junto “Eu gosto de você”.
Nesse dia eu conheci também a história de Carly, uma meninca canadense diagnosticada com autismo severo. Ela desenvolveu a habilidade de se comunicar por meio do computador e hoje além dos seus pais, ajuda outras famílias por meio do Twitter e do Facebook. Isso tudo traz uma luz e explica um pouco mais sobre esse universo ao qual não tínhamos acesso.
Conheci também a história de Temple Grandin, uma veterinária que venceu o autismo, hoje tem pós-doutorado, consegue conversar e até abraçar pessoas.
Não sei a veracidade de todos os fatos, os dados, o que é realmente possível ou não no tratamento do autismo. Mas o Dia de Conscientização do Autismo me despertou o interesse por saber mais sobre tudo isso. E espero que com essa avalanche “desordenada” de informações, eu tenha conseguido despertar algo em você também.
Fonte: https://brechodocarioca.wordpress.com
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Ação no próximo domingo em Campinas marca o Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Uma caminhada no próximo domingo, dia 07 de abril, marcará o Dia Mundial de Conscientização do Autismo em Campinas. Organizada pelo segundo ano consecutivo por um grupo de país com o objetivo de chamar a atenção da população para este transtorno, formas de detecção e prevenção e tratamento correto, a ação acontece às 9h, com saída do portão principal de entrada da Lagoa do Taquaral e terá o apoio de empresas, autoridades e veículos de comunicação.
O transtorno do Autismo, descrito pela primeira vez em 1943 pelo psiquiatra austríaco Leo Kanner, se manifesta antes dos 3 anos de idade. É mais comum em meninos e causa, em vários graus de intensidade, problemas de comunicação, comportamento e socialização. O autismo, infelizmente, ainda não tem cura. Mas, se descoberto e tratado de maneira correta logo no início, é possível até fazer um autista chegar à faculdade.
Até os anos 1960, o autismo envolvia apenas a dificuldade que certas crianças tinham de manter contatos afetivos. A culpa recaía, de forma equivocada, sobre o comportamento frio e distante de algumas mães. Com os avanços na área de psiquiatria infantil, tal definição precisou ser corrigida e ampliada. Hoje, o que era visto como trauma ou doença passou a ser tratado pelos médicos como transtornos do espectro autista (TEA). Transtorno porque tem várias causas não detectáveis com exames de laboratório. E, no plural, porque o problema se manifesta em diversos graus de intensidade.
O autismo resulta de falhas na comunicação entre as células cerebrais, chamadas neurônios. Isso interfere no funcionamento das áreas que controlam a comunicação e a linguagem, a capacidade de interação e o comportamento. Há várias causas que podem levar a esse "defeito", como desarranjo biológico na formação do cérebro, infecções e traumas durante ou após a gestação, que acabam afetando o sistema nervoso central do bebê. Também se descobriu que existem mais de 100 genes envolvidos, interferindo de forma ainda pouco compreendida.
Entre as indicações clássicas estão os movimentos repetitivos com o corpo e as mãos, aversão ao toque, apatia e dificuldade de manter o contato olho no olho. Mas há outras: crianças com 1 e meio a 2 anos que não falam, hipersensibilidade a certos sons, ecolalia (só fala por meio da repetição de frases que ouviu), tendência ao isolamento, fascinação por água, irritação ou agressividade quando são contrariados ou saem da rotina, hábitos alimentares e interesses restritos.
Há casos mais graves, em geral associados ao retardo mental, e aqueles que passam despercebidos até pelos médicos. Estes constituem 20% a 30% dos autistas; são pessoas inteligentes, capazes de falar e com alto potencial de aprendizado. São classificados como portadores da síndrome de Asperger, homenagem ao pediatra austríaco Hans Asperger, primeiro a identificar, em 1944, crianças autistas inteligentes.
Pais cujos filhos apresentam um dos sinais citados devem levá-los a um psiquiatra infantil, profissional habilitado a diagnosticar e tratar do transtorno no Brasil. Ainda existem poucos centros de referência em diagnóstico e tratamento no país, como o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, com o Projeto Autismo.
Segundo Rosana Leh Dias, uma das organizadoras da caminhada em Campinas, esta ação ainda é feita de forma informal sem apoio de órgãos público ou privado. “Até o ano passado, contávamos apenas com a boa vontade das mídias para a cobertura do evento. Neste ano, empresas como O Joe & Leo´s Campinas passaram a nos apoiar e esperamos que isso desperte a atenção de outros empresários da cidade e da região” A ideia, explica Rosana, é despertar nas autoridades e na própria comunidade a importância de um olhar mais atento e desenvolvimento de políticas regionais voltadas para o acompanhamento e tratamento dos portadores de deficiências, de forma a amenizar o sofrimento e o preconceito que ainda existem para com estas pessoas.
De acordo com o diretor do Joe & Leo´s Campinas, Carlos Américo Louredo, é possível mudar o quadro atual de descaso e preconceito para com os portadores e, até mesmo, abrir as portas das empresas para estas pessoas, inserindo-as no mercado de trabalho e na vida social. “Estamos estudando junto com um grupo de país de portadores qual a melhor forma de inseri-los no mercado de trabalho, a começar pela nossa própria unidade”, disse.
Fonte:http://maisexpressao.com.br
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