“Na vida só há um modo de ser feliz. Viver para os outros.”

Léon Tolstoi

domingo, 2 de março de 2014

Deficientes visuais: como fazer a inclusão no ensino público?

Feche os olhos. Como seria ir à escola assim, de olhos fechados? Esse é o desafio de cerca de 70 mil alunos no Brasil, segundo dados computados pelo Inep/MEC (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais/Ministério da Educação). Mas, por incrível que pareça para quem enxerga bem, as crianças cegas ou com diferentes graus de deficiência visual costumam se dar bem na sala de aula – e podem sair do Ensino Médio prontas para o exercício de uma profissão. “O primeiro impacto de ter um aluno cego em classe pode ser difícil, pois exige uma adaptação por parte dos professores e colegas. Só que em 90% dos casos, a criança acaba frequentando as aulas tranquilamente, sem a necessidade de um assessor para ajudá-la”, pondera Shirley Monteiro Maciel, pedagoga especializada em deficiência visual que trabalha nas cidades de Mauá e Santo André, na Grande São Paulo. Com a ajuda da profissional, traçamos algumas diretrizes básicas para que a inclusão de alunos com deficiência visual seja melhor compreendida e facilitada. Entre as prioridades, está a compreensão do que é ser portador de deficiência visual, a necessidade de um material específico e o acompanhamento de um profissional em sala de aula (sempre que solicitado), a importância do uso das salas de recursos e o aprendizado da convivência entre os colegas com e sem deficiência. Confira no texto ao lado. Inclusão em escola regular é indicada Existem diversos graus de deficiência visual. Considera-se que alunos cegos ou com baixa visão sejam beneficiados pela inclusão na escola regular desde que esta se adapte às suas necessidades. A cegueira completa, em geral, é de origem congênita, enquanto as outras deficiências podem ter causas diversas. É bom para os cegos aprender a ler e a escrever em braile. Escolas precisam ser adaptadas para os alunos O aluno cego, ou com baixa visão, precisa de muitos de materiais especiais que facilitem o aprendizado, como livros e exercícios em braile e a máquina de braile para que ele possa escrever – ou em fonte Arial 24 e cadernos com pautas largas, caso a criança apresente baixa visão. As provas também têm de ser pensadas e adaptadas para esse estilo. Profissional em sala de aula é facultativo Dependendo do caso, o aluno pode ou não precisar de um acompanhante em sala de aula, que leia para ele os enunciados das tarefas e preste outros auxílios a fim de ajudar em seu aprendizado. “A criança com deficiência visual aprende no mesmo ritmo dos colegas, mas é preciso material que a ajude”, ressalta a pedagoga Shirley Monteiro Maciel. Laboratório para resolver dúvidas e estimular Espera-se que o aluno com deficiência visual passe cerca de 10 horas semanais na sala de recursos de sua escola. Isso nada mais é do que um espaço com materiais especiais e profissionais especializados. Nesse local, ele poderá resolver dúvidas e receber estímulos específicos e essas atividades devem ser feitas no contraturno do horário das aulas comuns. Trabalho em equipe para inclusão Ter um amigo cego ou com dificuldades para enxergar obriga os colegas de classe a ficarem mais quietos, afinal eles sabem que escutar é essencial para o amigo durante a aula. “Ao contrário do que se possa imaginar, a criança cega se adapta muito bem à escola e às vezes é até mais levada do que as outras”, brinca a pedagoga Shirley. fonte: http://www.metrojornal.com.br/nacional/plus/deficientes-visuais-como-fazer-a-inclusao-no-ensino-publico-23383 acesso em 02/03/2014

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