“Na vida só há um modo de ser feliz. Viver para os outros.”

Léon Tolstoi

domingo, 8 de abril de 2012

Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire


Por Helena Novais

É sempre emocionante quando encontramos um escritor que traduz tudo o que acreditamos e suas palavras entram em sintonia com nosso próprio coração. Este, para mim, é o caso de Paulo Freire e seu “Pedagogia do Oprimido”. Esta, sim, é a verdadeira revolução dos fortes de espírito! Freire diz:

“Como distorção do ser mais, o ser menos leva os oprimidos, cedo ou tarde, a lutar contra quem os fez menos. E esta luta somente tem sentido quando os oprimidos, ao buscarem recuperar sua humanidade, que é uma forma de criá-la, não se sentem idealistamente opressores, nem se tornam, de fato, opressores dos opressores, MAS RESTAURADORES DA HUMANIDADE EM AMBOS. E aí está a grande tarefa humanista e histórica dos oprimidos – LIBERTAR-SE A SI E AOS OPRESSORES.

Estes, que oprimem, exploram e violentam, em razão de seu poder, não podem ter, neste poder, a força de libertação dos oprimidos nem de si mesmos. Só o poder que nasça da debilidade dos oprimidos será suficientemente forte para libertar a ambos. Por isto é o poder dos opressores, quando se pretende amenizar ante a debilidade dos oprimidos, não apenas quase sempre se expressa em falsa genenosidade, como jamais a ultrapassa. Os opressores, falsamente generosos, têm necessidade, para que a sua “generosidade” continue tendo oportunidade de realizar-se, da permanência da injustiça. A ‘ORDEM’ SOCIAL INJUSTA É A FONTE GERADORA, permanente, desta ‘generosidade’ que se nutre da morte, do desalento e da miséria.

Fonte: http://harmoniadoscontrarios.blogspot.com.br

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