Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=hErjB9hvfeg&feature=youtu.be
Desde a infância, é importante trabalhar a identidade racial e o respeito à diversidade com os alunos. Saiba de que forma abordar o assunto de forma lúdica em sala de aula!
A representatividade racial é um tema que precisa ser cada vez mais visto em sala de aula. O Brasil é um país com diferentes identidades raciais e a pessoas que se declaram negras ou pardas compõem mais da metade da população.
Por isso, a diversidade e sua discriminação devem ser trabalhados durante o ano todo, não somente em uma semana como temática para o Dia da Consciência Negra.
Até mesmo através de projetos que enaltecem a valorização das etnias e a diversidade racial dos próprios alunos.
É possível trabalhar a identidade afrodescendente no imaginário infantil e através do modo lúdico, reforçar a autoestima da criança a partir da valorização de seus antepassados, de sua cultura e de sua cor.
Listamos 15 livros que vão ajudar a abordar o tema de forma lúdica com os alunos!
1) “Menina Bonita do Laço de Fita” de Ana Maria Machado
Um clássico da literatura infantil, o livro teve sua primeira publicação em 1986 e até hoje é muito usado para atividades pedagógicas de conscientização racial.
Uma história que enaltece a beleza negra de forma leve e lúdica.
2) “O cabelo de Lelê” de Valéria Belém
O livro conta a história de uma menina que não aceita o seu cabelo crespo. Até que encontra um livro sobre países africanos e se vê representada em outras meninas de cabelo igualmente crespo.
Ao descobrir sua herança étnica, a personagem Lelê passa a se aceitar e a usar novos penteados, igual aos das meninas que viu no livro.
3) “Maju não vai à festa” de Mônica Pimentel
A Maju é uma princesa que é convidada por outra princesa para uma festa, com a condição de tirar seus cachos.
Clarice, a outra princesa, é branca e possui cabelos lisos e exige que todos de seu reino tenham cabelos iguais ao seu. Porém, Maju se recusa a ir à festa por entender que o seu cabelo também precisa ser aceito!
4) “Que cor é a minha cor?” de Martha Rodrigues
O livro celebra a miscigenação do povo brasileiro e as diferentes cores de pele que surgiram com isso.
Na história, uma menina procura cores na natureza que parecem com a sua e percebe a vantagem da riqueza das diferentes cores, inclusive a sua!
5) “Um colo para Aiazinha” de Salizete Soares
O livro se passa na época da escravidão e conta sobre uma escrava que era babá da criança – apelidada de Aiazinha – da casa em que servia.
A história mostra a relação das duas, gerando reflexões sobre a cultura africana e sobre a troca entre a Aiazinha e sua babá.
6) “A Cor de Coraline” de Alexandre Rampazo
A personagem Coraline ouve de seu colega Pedrinho uma pergunta difícil: me empresta o lápis cor de pele? Assim, começa as indagações da menina sobre qual seria a cor da pele.
Além da cor negra, uma boa reflexão que o livro traz é sobre as outras possibilidades de representação das mais diferentes etnias.
O livro foi finalista do Prêmio Jabuti 2018 na categoria Infantil e Juvenil.
7) “Flávia e o Bolo de Chocolate” de Miriam Leitão
O livro se passa em meio às questões da personagem de Flávia sobre a sua pele negra – tão diferente da cor branca da pele de sua mãe.
A história aborda temas delicados como adoção e questões raciais de forma sensível e lúdica para os pequenos.
8) “As Tranças de Bintou” de Sylviane Anna Diouf
A menina Bintou sonha em ter tranças iguais a de sua irmã mais velha, entretanto pelo costume do seu povo, ela não pode.
O livro é todo ambientado por costumes, tradições e paisagens de origem africana, propício para ser trabalhado a cultura em sala de aula.
9) “O Amigo do Rei” de Ruth Rocha
O livro retrata a inclusão em um momento em que não havia – a época da escravidão.
Um menino que se tornaria rei e um menino nascido escravo vivem uma amizade e mostram como as diferenças raciais são construídas com o tempo pela sociedade que vivem.
10) “Bruna e a Galinha da Angola” de Gercilga d’ Almeida
O conto é baseado em uma lenda africana que usa o símbolo da galinha da Angola para contar a história de como a Terra foi criada.
Uma ótima oportunidade para compartilhar contos que trabalham a ancestralidade, a importância de respeitar as tradições, as diferenças e a cultura do continente africano.
11) “O Menino Nito” de Sonia Rosa
A autora é conhecido por diversos títulos com a temática da representatividade racial. Neste livro, ela traz a questão sobre meninos poderem chorar ou não.
Essas são boas questões para trabalhar os sentimentos dos alunos meninos desde pequenos, o que ajuda na autoconfiança na hora do aprendizado em sala de aula.
12) “Amoras” de Emicida
A música escrita pelo cantor Emicida virou livro e a obra – que conta com uma versão animada – reproduz um diálogo que o artista teve com sua primeira filha.
A pequena está olhando uma amoreira com o pai, quando ele fala sobre a beleza das amoras. A partir disso, a menina se reconhece e assimila sua própria identidade.
13) “Pretinha De Neve e os Sete Gigantes” de Rubem Filho
Neste livro, o autor reinterpreta o conto de fadas Branca de Neve e o sete anões e o transporta para o continente africano, adaptando os elementos do conto aos hábitos e costumes da região.
Além disso, a história passa por outros contos de fada, apresentando elementos característicos desses textos (o capuz de Chapeuzinho Vermelho, a casa dos Três Ursos de Cachinhos Dourados).
14) “Meninas Negras” de Madu Costa
Com uma pegada bem lúdica, este livro retrata o imaginário de três meninas, Mariana, Dandara e Luanda, sobre as paisagens dos países africanos.
O livro relaciona a identidade das meninas com sua ancestralidade.
15) “O Pente Penteia” por Olegário Alfredo
O livro usa um ditado antigo e discriminatório para enaltecer todas os diferentes tipos de cabelos e texturas.
É uma ótima chance para rever conceitos e pequenas falas que ainda costumamos ouvir no dia a dia.
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