“Na vida só há um modo de ser feliz. Viver para os outros.”
Léon Tolstoi
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Terapia Assistida por Animais (TAA) favorecendo a aprendizagem
Terapia Assistida por Animais (TAA): o cão como dispositivo terapêutico na clínica fonoaudiológica
Fga. Ms. Camila Mantovani Domingues
“Percebi que os remédios nem sempre vinham em frascos, mas também em quatro patas”. (Dr. Willian Thomas, 1994)
Ao compartilhar nossas rotinas com os animais, estes passaram a fazer parte de nossa cultura ao ocupar diferentes papéis, para além da companhia. Atualmente, devido aos benefícios não restritos ao senso comum, mas também elencados a partir de pesquisas científicas, eles habitam consultórios, hospitais, escolas e instituições diversa. Desses estudos originaram-se duas formas de denominar procedimentos que envolvem animais com o objetivo de cuidar da saúde humana: atividade assistida por animais (AAA) e terapia assistida por animais (TAA) (DELTA SOCIETY, 2006). O termo Terapia Assistida por Animais, do inglês Animal Assisted Therapy (AAT), atualmente considerado oficial, foi proposto pela organização americana Delta Society (www.deltasociety.com) entidade referência para a implantação de programas de Atividade Assistida por Animais (AAA) e Terapia Assistida por Animais.
A TAA é dirigida para promover a saúde física, social, emocional e/ou funções cognitivas através de processo terapêutico formal, com procedimentos e metodologia, amplamente documentado, planejado, tabulado, medido, e com seus resultados avaliados, podendo ser desenvolvido em grupo ou de forma individual (Delta Society, 1996). A hipótese do cão funcionar como um dispositivo terapêutico e potencializar o processo também foi confirmada em pesquisa realizada por nós no Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia da PUC-SP, no período de fevereiro de 2006 a agosto de 2007. Nos casos acompanhados, a partir da motivação para o contato com o animal, notamos significativa participação dos pacientes na terapia, corroborando os achados de pesquisas e relatos sobre os efeitos positivos do envolvimento de cães em ambiente terapêuticos diversos (KAWAKAMI, 2002; LEWIS, 2003; BECKER, 2003; DOTTI, 2005; MACAULEY, 2006; OBIHACC, 2006).
Nos casos estudados, a presença do cão, no setting fonoaudiológico, favoreceu:
* a interação terapeuta/paciente;
* intensificou a atividade dialógica entre o par;
* a gestualidade e a movimentação corporal comunicativamente eficientes (LaFRANCE e outros, 2007);
* a motivação para as atividades de leitura e escrita por parte dos pacientes;
* a diminuição dos sintomas manifestos na linguagem oral e/ou gráfica, e
* a mobilização da afetividade positiva dos pacientes. Além dos benefícios descritos, outros já apontados cientificamente comprovam que quando crianças e animais estão juntos, seja em uma terapia, na sala de aula ou em outras atividades:
* Cria-se um ambiente motivador para as crianças interação. * Proporciona-se atividades interessantes, espontâneas, facilitando a aprendizagem e a comunicação.
* Facilita-se o desenvolvimento emocional através do vínculo formado entre a criança e cão no qual muitos sentimentos são trocados, auxiliando na superação de conflitos e em uma maior consciência de si mesmo.
* Encoraja o respeito por todas as formas de vida, desenvolvendo senso de responsabilidade e de cuidado consigo e com o outro.
* Facilita a comunicação, favorecendo processos interativos entre criança e cão e/ou com os outros próximos a eles.
* Favorece a expressividade, em diversas formas, já que o animal não julga nem tem preconceito. E foi o psicólogo infantil norte-americano Boris M.
Levinson que, na década de 60, trouxe para a ciência e a prática a riqueza do potencial terapêutico das relações entre crianças e animais. Em seu trabalho ele percebeu que a natureza do vínculo entre pessoas e animais era de uma qualidade diferenciada. Contudo, essa experiência vivenciada por ele significou uma nova visão para a abordagem terapêutica, baseada na relação do homem com o animal. Era o fim dos anos 50, em Nova York. Havia um mês o psicólogo infantil americano Boris Levinson tentava estabelecer contato com o seu mais novo paciente, um menino de quase 10 anos com sérios problemas de socialização. Certo dia, o pequeno paciente chegou antes da hora marcada para a consulta e, na sala de espera, encontrou "Jingles", o cão labrador do doutor Levinson. Ao abrir a porta de seu consultório, qual não foi a surpresa do psicólogo: abraçado ao cachorro, o menino discorria sobre suas angústias e aflições.
A experiência motivou Levinson a usar o "doutor" Jingles no tratamento de autismo. Ele descobriu que o animal propiciava às crianças a oportunidade de expressar suas emoções. Os resultados dos estudos de Levinson foram divulgados em 1962, num artigo intitulado "The dog as a 'co-therapist'" ("O cachorro como um 'co-terapeuta'"). Na ocasião, o psicólogo foi motivo de chacota entre os colegas. Hoje, passadas mais de quatro décadas, as teorias de Levinson são levadas muito a sério. Está comprovado que a convivência com animais faz bem à saúde física e mental dos seres humanos de qualquer idade. (FUCKS, 1989) As experiências com animais em ambientes terapêuticos, nos moldes da TAA, ao longo destes anos, têm mostrado que este dispositivo é potencializador para os processos em que os envolvidos apresentam motivação para estar com o animal. Crianças que apresentam recusas ao tratamento, mediante a presença de um cão no setting, esboçam entusiasmo, ressignificação do processo e interação ativa. Finalizo, ressaltando que as pesquisas atestam a eficácia da TAA em ambientes terapêuticos, bem como a gradativa mobilização de pesquisadores em direção ao tema. Contato:
Fonte: Portal Fonoaudiólogo
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ResponderExcluirA terapia para crianças, é um método diferente para o desenvolvimento e aprendizado. Onde possamos ver que os benefícios são muitos, principalmente para crianças com deficiência e dificuldades de aprendizagem, onde elas simplesmente, aprende de uma maneira diferente, com o contato pessoal com o animal, nota-se que á melhoria na forma de expressar, comunicar e emocional.
ResponderExcluirEssa terapia é muitos importante para o aprendizados das pessoas com deficiências, uma grande motivação que eles fazem.
ResponderExcluirEssa terapia é muitos importante para o aprendizados das pessoas com deficiências, uma grande motivação que eles fazem.
ResponderExcluirAntes o animal que era ignorado, agora é valorizado em razão dos estudos e comprovações científicas.Como é possível um cão trazer tantos benefícios ao ser humano? Essa integração deve ser apoiada, expandida e especialmente divulgada. Acredito nesse trabalho!
ResponderExcluirFabiana Vasconcelos 19/09/2015 18h:05m
ResponderExcluirUma descoberta fantástica!!!! Afinal qual criança não gosta de animais???? Trazer o animal para interagir com as crianças propicia condições de sociabilidade com o meio, desenvolve contato físico, trocas de carinho e esta manifestação de afeto auxiliará a criança em outros aspectos para ampliar a sua socialização com família, Escola e grupos na qual a criança participa. Vale ressaltar que o animal dócil, não faz acepção de pessoas nos dando o maior exemplo de não alimentar preconceitos e trabalhar verdadeiramente com inclusão. Tudo o que auxilia e ajuda no desenvolvimento da criança é válido, é bem vindo, é positivo, é gostoso de se trabalhar e o melhor, vale a pena aguardar pelo resultado, ainda que, o obtemos ao longo prazo.
Fabiana Vasconcelos 19/09/2015 18h:05m
ResponderExcluirUma descoberta fantástica!!!! Afinal qual criança não gosta de animais???? Trazer o animal para interagir com as crianças propicia condições de sociabilidade com o meio, desenvolve contato físico, trocas de carinho e esta manifestação de afeto auxiliará a criança em outros aspectos para ampliar a sua socialização com família, Escola e grupos na qual a criança participa. Vale ressaltar que o animal dócil, não faz acepção de pessoas nos dando o maior exemplo de não alimentar preconceitos e trabalhar verdadeiramente com inclusão. Tudo o que auxilia e ajuda no desenvolvimento da criança é válido, é bem vindo, é positivo, é gostoso de se trabalhar e o melhor, vale a pena aguardar pelo resultado, ainda que, o obtemos ao longo prazo.
Fabiana Vasconcelos 19/09/2015 18h:05m
ResponderExcluirUma descoberta fantástica!!!! Afinal qual criança não gosta de animais???? Trazer o animal para interagir com as crianças propicia condições de sociabilidade com o meio, desenvolve contato físico, trocas de carinho e esta manifestação de afeto auxiliará a criança em outros aspectos para ampliar a sua socialização com família, Escola e grupos na qual a criança participa. Vale ressaltar que o animal dócil, não faz acepção de pessoas nos dando o maior exemplo de não alimentar preconceitos e trabalhar verdadeiramente com inclusão. Tudo o que auxilia e ajuda no desenvolvimento da criança é válido, é bem vindo, é positivo, é gostoso de se trabalhar e o melhor, vale a pena aguardar pelo resultado, ainda que, o obtemos ao longo prazo.
melhorando a qualidade de aprendizagem e a interação social das crianças com dificuldades de aprendizagem e disciplina
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ResponderExcluiracho muito interessante este trabalho, porém as Escolas deveria adotar esta pratica em sala de aula.
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