Questões referentes ao currículo têm-se constituído em freqüente alvo de atenção de gestores e professores. Para analisarmos a questão talvez seja necessário esclarecer o que entendemos ser o currículo escolar, tão familiar a todos nós.
O currículo deriva das diversas maneiras de como é concebida a educação considerando também as influências teóricas e os fatores políticos, sócio-econômicos e culturais. Silva (1999) ressalta que discussões sobre conhecimento, verdade, poder e identidade marcam invariavelmente as discussões sobre questões curriculares.
Sendo assim, entendemos currículo escolar como as experiências escolares que se desdobram em relações sociais com intenções educativas envolvendo atitudes e valores, rotinas do cotidiano escolar.
Deste modo, procedimentos e regras, modos de organizar o tempo e o espaço na escola, atitudes dos professores, os livros didáticos escolhidos, a própria disposição das carteiras na sala de aula, fatores que contribuem com a construção da identidade dos alunos que devem ser cuidadosamente pensados no momento da construção do currículo.
O currículo pressupõe a melhoria da resposta educativa, pois a escola deve tornar-se àquela que busca o desenvolvimento de todos os alunos.
Diante disso faz-se necessário que nós professores identifiquemos como em nossas escolas o currículo poderia estar colaborando com a opressão de alunos, seja por razões ligadas a gênero, classe social, sexualidade, raça ou religião. Além disso, a pluralidade cultural deve ser considerada pois possibilita o enriquecimento da atuação pedagógica.
Daí a responsabilidade dos professores frente a elaboração do currículo: participar de maneira crítica, criativa e autônoma, tornando-o comprometido com a diversidade, mais democrático pensado e construído como um espaço sadio de pluralismo de idéias.
Referência Bibliográfica
SILVA,T.T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica: 1999.
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